14/06/2012

Cidade


(imagem retirada da internet)


No meio do caos do trânsito
Encontro o meu interior,
Também ele confuso.
À medida que olho para os
Autocarros e ouço as buzinas,
Recordo a minha motivação.
Buzinas compridas mostram a
Frustração das pessoas
Bem como os gritos de indignação.
Acompanham o vento suave
Deixado pelo carro a passar
Apressadamente na estrada.
Pessoas passam quase a correr
Atirando-se para a estrada sem olhar.
Do mesmo modo que nos lançamos sempre que estamos apaixonados.
Lojas preparam-se para abrir,
Mostrando tudo aquilo que podemos obter,
Mas a multidão passa e esquece de olhar.
O toque da campainha da escola soa
E no meio de tanta expressão,
A mais vulgar é a de saturação.
Mendigos acordam e começam a pedir
Enquanto desempregados dirigem-se para o centro das esperanças
E eu, permaneço sentada no meu banco.
Sentada, como tantos idosos,
Fixo tudo em meu redor…
Lembrando-me de coisas do passado, tal como eles…
Neste caos que é a cidade
Vejo a complicação ser a mãe das fronteiras
E o egoísmo ser o pai.
Cidade Moderna.
Porque tudo em  ti é em demasia?
Afinal foste criada para ajudar e não complicar…



Maryline Morais

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